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A variante indiana do novo coronavírus, a B.1.617, já foi oficialmente detectada em 53 territórios, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado nesta quarta-feira (26).
O relatório aponta que a cepa B.1.617 é mais contagiosa e diminui a eficácia das vacinas da Pfizer e de Oxford/AstraZeneca, mas ainda é investigado se ela está relacionada a quadros mais graves de Covid-19 e se ela aumenta o risco de reinfecção (veja mais abaixo).
Até o momento, a OMS classifica quatro cepas como “variantes de preocupação” (conhecidas pela sigla VOC): a britânica (B.1.1.7), a sul-africana (B.1.351), a brasileira (P.1) e indiana (B .1.617).
“A evolução do vírus é esperada e, quanto mais o SARS-CoV-2 circula, mais oportunidades ele tem de evoluir”, alerta o relatório. “Reduzir o contágio por meio de métodos de controle de doenças estabelecidos e comprovados é parte essencial da estratégia global para reduzir as mutações que têm implicações negativas na saúde pública”.
A organização também afirmou já ter recebido informações, de fontes não oficiais, indicando que a variante B.1.617 foi encontrada em sete outros territórios, elevando o total para 60.
A variante indiana B.1.617 possui três versões, com pequenas diferenças (B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3), que foram descobertas entre outubro e dezembro de 2020.
As três apresentam mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por conectar-se aos receptores das células humanas e dar início à infecção.
Entre as alterações, a E484Q tem algumas similaridades com a E484K, alteração encontrada nas variantes sul-africana e brasileira.
Até o momento, cientistas ainda não conseguiram estabelecer sobre a variante indiana:
No Brasil, a variante indiana foi confirmada em tripulantes que chegaram em um navio vindo da Malásia. Há casos suspeitos em outros estados também, como no Ceará e no Pará.
Segundo o boletim semanal da OMS, as “taxas de ataque” da versão B.1.617.2 da variante indiana parecem ser superiores às da variante britânica (a B.1.1.7).
“Novas evidências estão surgindo de que as taxas de ataque para a variante B.1.617.2 relatadas no Reino Unido entre 29 de março e 28 de abril de 2021 foram superiores ao da B.1.1.7“, diz o documento.
A sub-linhagem B.1.617.2 também reduz a eficácia das vacinas da Pfizer e de Oxford/AstraZeneca, mas os imunizantes ainda são “altamente efetivos”, segundo estudo preliminar.
As vacinas da Pfizer/BioNTech e de AstraZeneca/Oxford são “altamente efetivas” contra a versão B.1.617.2 da variante indiana, que tem taxa de ataque superior à variante britânica.
A conclusão é de um estudo da agência de saúde pública da Inglaterra divulgado no sábado (22). O artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.
A pesquisa, feita entre 5 de abril e 16 de maio, mediu o quanto cada vacina conseguiu reduzir casos sintomáticos de Covid-19 causados pela B.1.1.7 (variante britânica) e pela B.1.617.2 (sub-linhagem da variante indiana).
As principais conclusões foram:
“Esperamos que as vacinas sejam ainda mais efetivas na prevenção de hospitalização e morte”, afirmou a chefe de imunização da agência de saúde pública da Inglaterra e autora sênior do estudo, Mary Ramsay.
“Por isso é vital receber ambas as doses para obter proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes”, destaca Ramsay.
Fonte: G1