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Após bater um novo recorde diário com o registro de 1.209 novas mortes por Covid-19 nesta terça-feira (30), o estado de São Paulo ultrapassou a marca de mais de 73 mil óbitos pela doença. O número total de 73.492 mortes é maior que o registrado por 226 países, de acordo com balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Caso o estado de São Paulo fosse uma nação, estaria em 11º lugar no ranking mundial de países com maiores números absolutos de mortes por Covid-19. Veja a tabela abaixo:
Ranking de países com mais mortes por Covid-19
Posição | País | Número total de mortes por Covid-19 |
1º | Estados Unidos | 544.430 |
2º | Brasil | 312.206 |
3º | México | 201.623 |
4º | Índia | 162.114 |
5º | Reino Unido | 126.615 |
6º | Itália | 108.350 |
7º | Rússia | 98.442 |
8º | França | 94.402 |
9º | Alemanha | 76.093 |
10º | Espanha | 75.199 |
11º | Colômbia | 62.955 |
12º | Irã | 62.478 |
13º | Argentina | 55.449 |
14º | África do Sul | 52.710 |
15º | Polônia | 52.392 |
16º | Peru | 51.469 |
17º | Indonésia | 40.581 |
18º | Ucrânia | 32.418 |
19º | Turquia | 31.230 |
20º | República Tcheca | 26.222 |
O total registrado por São Paulo é 32% maior que o da Argentina, país que tem população semelhante ao estado brasileiro com cerca de 46 milhões de habitantes.
O número de novas mortes por Covid-19 está em forte tendência de alta no estado de São Paulo há 29 dias seguidos. Março se tornou o pior mês da epidemia antes mesmo de terminar, já no dia 23. Até então, julho de 2020 era o mais letal.
Nesta terça, a média diária de novos óbitos bateu novo recorde ao atingir o valor de 696, número 65% maior do que o registrado há 14 dias.
Como o cálculo da média móvel leva em conta um período maior do que o registro diário, é possível medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia. Durante o primeiro pico da doença, em 2020, os maiores valores de média móvel de mortes não passavam de 280 por dia.
A média móvel de novos casos confirmados também foi a maior já registrada desde o início da epidemia. Foram 16.377 novos casos em média nesta terça, valor 22% maior que o de 14 dias.
Com mais de 31 mil pacientes internados com suspeita ou confirmação de Covid-19 em toda rede pública e privada, o estado também enfrenta pressão intensa no sistema de saúde. A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 92%.
Ao menos 230 pessoas morreram na fila por um leito de UTI na Grande São Paulo.
O Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital paulista, segundo maior de São Paulo, suspendeu novos enterros após aumento de mortos pelo coronavírus. A informação é de funcionários do serviço funerário da cidade e de familiares de vítimas da Covid-19 que não conseguiram enterrar seus parentes no cemitério.
Segundo relatos, o local fará apenas exumações para conseguir liberar novas sepulturas e, assim, voltar a realizar enterros. A Prefeitura diz que os enterros de crianças e de quem têm jazigo continuam.
“Lá esgotou, eles vão fazer agora exumação e vai ficar uns dias fechado”, disse um funcionário do Cemitério Chora Menino, também na Zona Norte, ao G1 na manhã desta terça (30).
A medida, segundo ele, entra em vigor a partir desta quarta (31). Entretanto, já na noite desta segunda (29), o corpo de um homem de 48 anos, morto em decorrência de complicações provocadas pelo coronavírus, não pôde ser enterrado no Vila Nova Cahoeirinha.
Com o aumento dos enterros, a gestão municipal estendeu os horários dos sepultamentos em quatro cemitérios: Vila Formosa e Vila Alpina, ambos na Zona Leste; o São Luiz, na Zona Sul; e o próprio Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte. Os enterros que antes eram realizados das 7h às 18h agora ocorrem das 7h às 22h.
A capital teve um aumento de quase 30% nos enterros. Os sepultamentos noturnos fazem parte do Plano de Contingência do Serviço Funerário.
Nesta terça-feira (30), motoristas de vans escolares começaram a trabalhar no transporte de corpos de pessoas mortas por Covid na cidade. Com o aumento dos enterros, a prefeitura contratou 50 carros particulares que serão adaptados para o Serviço Funerário.
Lápides no cemitério Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo (SP), em 25 de fevereiro. — Foto: ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Fonte: G1