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Uma pesquisa feita pelo Sebrae mostra que 25% das micro e pequenas empresas demitiram funcionários desde o início da crise econômica causada pela pandemia. A média de demissão foi dois trabalhadores por empresa neste período.
Foram entrevistados cerca de 7.700 empresários em todo o país. É uma pesquisa por amostragem, que já foi feita outras três vezes desde que a pandemia começou. Essa última registrou o maior percentual de empresas que demitiram. Na avaliação de um analista do Sebrae, em meses anteriores os empregadores estavam tentando outros recursos para se manter.
“A gente teve as medidas do governo, como por exemplo a redução da jornada de trabalho e redução do salário, a questão de férias, entre outras alternativas dadas pelo Governo de MG, para evitar a demissão de funcionários. Como o período da pandemia está se estendendo, chega uma hora que a alternativa que sobra para a empresa é a demissão. A gente tem acompanhado muito que os setores voltados ao turismo, os hotéis, os bares e restaurantes, as academias, o setor de evento, foram muito impactados na pandemia”, destacou o analista Anderson Faria.
Demissão de funcionários
Este problema gerado pela pandemia atingiu também o Sul de MG. E em uma loja de roupas de Varginha, a queda nas vendas chegou a 40%. Com isso, das quatro funcionárias três foram demitidas. As que estão trabalhando atualmente são diaristas
“Nós estamos há 14 anos no mercado e isso nos pegou de surpresa. Foi um fato muito complicado para todos. A gente está tentando se adaptar a esse novo cenário, com essas reduções, cortes que dão para fazer e o que aconteceu foi realmente essa queda [nas vendas/ mesmo que gerou isso”, lamentou a empresária Raquel Miranda.
Por conta da pandemia, o setor de eventos também foi atingido e empresas que organizavam shows precisaram fechar as portas. Em um delas, dez funcionários foram demitidos. Entre eles Willian Silvino, que agora trabalha com marketing na internet para ajudar a manter as contas de casa. Mesmo com a alternativa, ele revela que quer que a empresa retorne.
“Estou torcendo para voltar porque tenho muitos amigos que estão na mesma situação que estou passando. Alguns trabalhando de motoboy, outros fazendo várias coisas para ajudar dentro de casa. Está difícil, a gente passou por uma situação muito complicada, porque a gente levou um baque”, revelou Willian Silvino.
Fonte: G1 Sul de Minas