Segundo a Polícia Civil, o irmão do investigado já havia sido preso na primeira fase da operação, que aconteceu no início de 2023. À época, a ação coletou informações que levaram aos alvos atuais. Os dois suspeitos eram responsáveis por furtar e encaminhar o material aos receptadores.

A organização criminosa seria especializada no furto de catalisadores de veículos para a retirada do chamado “pó de catalisador”. O equipamento é montado em uma cápsula de aço inoxidável e a peça é composta por uma colmeia cerâmica onde está uma camada de metais nobres. Esses metais são paládio, platina ou ródio.

Segundo a Polícia Civil, o valor do paládio atualmente é de R$ 471 por grama, enquanto da platina é de R$ 184,62. Como comparação, o ouro custa cerca de R$ 300/grama. Já o ródio chegou a custar US$ 8.000, que é o equivalente a cerca de 29 gramas.

“Em cada catalisador é usado cerca de 1,89 g de platina, 0,29 g de paládio e 0,10 g de ródio. Esses metais têm uso em diversas aplicações da indústria e por isso são visados. Depois de furtado, o catalisador é vendido no mercado paralelo”, explicou a Polícia Civil.

O investigado de 29 anos foi encontrado em Itajubá, onde foi preso e encaminhado ao sistema prisional.

Conforme a Polícia Civil, mandados de busca foram cumpridos nas cidades de Lorena e Guaratinguetá, no interior paulista.

Durante a operação policial foram apreendidos materiais e celulares que serão usados para a continuidade das investigações.

g1 Sul de Minas