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A greve nas universidades públicas e institutos federais do Sul de Minas já dura mais de dois meses. Professores e técnicos afirmam que devem continuar com as atividades paralisadas até que algumas reivindicações sejam atendidas, como a reestruturação de carreira e a recomposição salarial.
A Universidade do Estado de Minas Gerais decretou greve no dia 2 de maio, com adesão de 90% dos professores. Desde então, a instituição tem ficado sem movimento pelos corredores e salas de aula vazias. A paralisação começou devido a uma série de direitos que, segundo o diretor da universidade, não estão sendo respeitados.
“A UEMG tem o pior salário do Brasil, defasado em 76%, desde 2012 até agora, em 2024, nesses 12 anos, só houve correção da inflação, a gente não está falando de aumento de salário real, correção da inflação em dois momentos. Em 10 anos houve a inflação e não houve correção do salário”, disse o diretor da UEMG de Passos, Hipólito Ferreira Paulino Neto.
Greve em universidades públicas e institutos federais do Sul de Minas já dura mais de 2 meses — Foto: Reprodução EPTV
Na Universidade Federal de Alfenas, a paralisação dos técnicos administrativos começou em 10 de abril. Ao todo, 43 servidores estão em greve e as aulas práticas dos estudantes, que necessitam de apoio dos técnicos de laboratório, estão suspensas.
Nos Cefets, os Centros Federais de Educação Tecnológica, a greve começou em 15 de abril e todas as unidades do estado suspenderam o calendário acadêmico.
Os institutos federais também estão em greve. Em Passos, as aulas estão suspensas desde o dia 10 de abril e enquanto não houver a assinatura do termo de acordo com os ministérios da Educação e da Gestão da Inovação em Serviços Públicos, a paralisação vai continuar.
Greve em universidades públicas e institutos federais do Sul de Minas já dura mais de 2 meses — Foto: Reprodução EPTV
“Infelizmente a greve é necessária quando o diálogo já não é mais suficiente. Então desde o começo de 2023 a gente tem tentado negociar com o MEC, mas esses diálogos não foram para frente, por isso a necessidade da greve”, disse a secretária do Sind IF Sul de Minas, Camila Codogno.
Após reuniões e assembleias, os servidores que estão em greve na Ufla, Unifal e Cefet decidiram continuar com as paralisações e por enquanto, sem previsão de retorno aos serviços.
Já para os funcionários do Instituto Federal do Sul de Minas, está marcada uma assembleia para esta sexta-feira. Já a UEMG tinha uma reunião prevista para esta quinta-feira.