Qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, pode participar do experimento. É preciso apenas enviar uma imagem de um objeto na posição vertical que mostre a sombra que ele projetar.

A professora Karen Luz Burgoa Rosso, explicou ao G1 que a ideia do experimento surgiu após um convite aos profissionais da coordenação de divulgação científica da universidade, para participarem de um livro contra o negacionismo.

“Eles nos oferecem trabalhar sobre a terra plana. O outro professor, José Alberto Casto Nogales Vera, que também está a frente do estudo, propôs o estudo em cima da teoria de Eratóstenes, que comprovou o fato da terra não ser plana há cerca de dois mil anos. Eu propus a ideia de envolver diversas pessoas para ter dados de várias regiões da Terra sobre a curvatura da mesma”, explica Karen.

Após o envio das imagens dos participantes, os pesquisadores farão a análise dos dados. Em seguida, será feito um evento remoto com o público para compartilhar os resultados referentes à forma do planeta. Os participantes receberão certificado.

• Clique aqui para fazer sua inscrição.

“Não queremos que as pessoas se baseiem em apenas estudos de professores e científicos, e sim, que elas próprias consigam entender na prática como chagamos à esta conclusão”, explica professor José Nogales ao G1.

Ele afirma ser um experimento enriquecedor para a educação. “É uma ação para a cidadania entender como funciona a natureza através de um método científico. Será interessante para todos conseguirem participar e entender este processo”, explica Nogales.

Além de Lavras e região, o estudo já conta com participantes de diversos lugares do país e até mesmo fora do Brasil, compartilham os idealizadores do estudo.

As experiências serão divulgadas no e-book ‘Dossiê contra o negacionismo da ciência – A importância do conhecimento científico’, que será publicada publicado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) em parceria com a Rede Mineira de Comunicação Científica (RMCC). A Ufla, como instituição membro da RMCC, será responsável pelo capítulo que irá relatar o experimento sobre a curvatura da Terra.

Em entrevista, idealizadores comentam já ser possível ver o planeta Vênus como uma estrela brilhante ao entardecer. Em pouco tempo, será possível ver Júpiter também, o que será utilizado em novos estudos da universidade

Outro experimento que vem sendo pensado, é a análise da Terra se movendo em seu próprio eixo. Todos estudos serão feitos forma coletiva com o objetivo de se aprofundar no sistema solar.

“Todas essas ações são de educação científica popular. O objetivo é divulgar a forma de pensar da ciência, que é uma poderosa ferramenta para entender a natureza e sociedade”, finaliza Nogales.