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Itajubá ocupa a 5ª posição com maior percentual de casos.
Alfenas possui 5,2% de casos de Covid-19 na população e é o município com maior percentual no Sul de Minas, em comparativo entre as 10 maiores cidades da região. Os dados foram divulgados por meio de estudo desenvolvido pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal).
O estudo desenvolvido pela instituição foi elaborado com base no número de casos divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) até sexta-feira (5). A pesquisa foi orientada pelo professor de epidemiologia da Unifal, Sinésio Inácio da Silva e contou com participação pesquisadores e colaboradores, todos acadêmicos da instituição.
Atrás de Alfenas, o estudo aponta Três Pontas como a segunda cidade com mais percentual de casos de Covid-19 na população: 4,8%. Entre as 10 maiores cidades da região, Lavras ocupa a última posição, com 1,7%.
Percentual de casos de Covid-19 na população nas 10 maiores cidades do Sul de MG
Ranking | Cidade | População* | Percentual |
1º | Alfenas | 79.996 | 5,2% |
2º | Três Pontas | 56.746 | 4,8% |
3º | Pouso Alegre | 150.737 | 4,8% |
4º | Varginha | 135.558 | 4,7% |
5º | Itajubá | 96.869 | 4,7% |
6º | São Sebastião do Paraíso | 70.956 | 4,1% |
7º | Três Corações | 79.482 | 3,8% |
8º | Passos | 114.679 | 3,2% |
9º | Poços de Caldas | 167.397 | 2,8% |
10º | Lavras | 103.773 | 1,7% |
*Fonte: DataSUS |
Ao mesmo tempo em que Alfenas possui a maior porcentagem de casos na população, dados também levantados pela Unifal mostram que o percentual de idosos vacinados na cidade é menor do que a média do Sul de Minas.
A vacinação em Alfenas teve início no fim de janeiro, com a primeira pessoa vacinada do Sul de Minas. Quase dois meses depois, 77% dos profissionais de saúde da rede particular e pública do município foram imunizados com a primeira dose da vacina. No Sul de Minas, este número é de 70%.
Já com relação aos idosos, 26% das pessoas com mais de 80 anos foram imunizadas no Sul de Minas. Em Alfenas, a porcentagem é de 20% de vacinados para esta faixa etária.
Pesquisa foi orientada pelo professor de epidemiologia da Unifal Sinésio Inácio da Silva — Foto: Reprodução/EPTV
Esta situação, de acordo com o professor de epidemiologia, lembra situações parecidas com o drama de Manaus e de Araraquara. Ainda segundo ele, atrasar a proteção pode elevar o número de óbitos.
“A própria população idosa de um local em que existe uma circulação mais intensa de vírus está correndo mais risco. E um dado muito importante, que a gente lembra do drama de Manaus e de Araraquara, que foram locais que ficaram por muito tempo com um número de casos por habitante muito alto. Isso significa que, hoje se sabe, depois de cinco meses, o número de anticorpos produzidos na primeira infecção começa a diminuir, se criou uma situação para que as próprias variantes mais resistentes aos anticorpos da primeira imunização começassem a aprender a se defender de nossas defesas. Alfenas, por esse aspecto, é um local que preocupa e, se atrasar a proteção, o numero de mortes pode adquirir um caráter exponencial”, disse.