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A tilápia, principal peixe produzido e consumido no Sul de Minas, está 30% mais cara neste ano. O motivo é que faltam peixes nos criatórios. A explicação para a baixa produção está justamente no Lago de Furnas. Em 2014, o lago enfrentou uma seca, que se repetiu no ano seguinte. Em 2015, o nível do reservatório atingiu apenas 10% do volume total da represa. No ano passado, mais problemas: a água voltou, mas com pouco oxigênio, o que causou a morte de peixes.
Quem está procurando o peixe não está encontrando. “Não tem peixe realmente, nós estamos tendo que dispensar os compradores e eles estão desesperados, porque não tem mais aonde arrumar o peixe para oferecer para o consumidor final”, disse a psicultora Michelle Cristina de Oliveira.
Segundo produtores, os peixes ainda estão miudos e ainda não estão prontos para o consumo. Além do tamanho, a produção também está menor. Alguns produtores, que já chegaram a produzir até 80 toneladas do peixe, hoje estão vendo a produção cair para apenas seis toneladas.
Segundo a Associação de Piscicultores de Alfenas (MG), o prejuízo foi grande, já que a produção caiu em 60%. Para tentar diminuir os prejuízos, alguns produtores estão mudando a forma de se criar peixes.
“Procuramos colocar menos peixes nos tanques, pra com isso ganhar tempo no desenvolvimento do peixe, para ter o peixe agora na quaresma”, disse o psicultor Cloves Antônio de Souza.
Para tentar driblar o preço da tilápia, tem consumidor trocando o peixe por outro.
“Eu optei por outro peixe que é o curimba, que está mais em conta e daí dá pra levar uns dois grandes”, disse a dona de casa Lizete Casano Paulino.
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