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Parece que o CADE (Conselho Admnistrativo de Defesa Econômica) aprovará a compra da 21ist Century Fox pela Disney logo na metade de março. Fontes do Deadline afirma que as negociações estão prestes a serem concluídas no Brasil e no México.
Anteriormente, o país havia segurado a transação por conta de uma preocupação do CADE envolvendo os canais esportivos, já que a Disney passaria a possuir tanto a ESPN quanto a Fox Sports, deixando apenas o SporTV (do grupo Globosat) como concorrente. Para agilizar as negociações, o presidente da Disney Bob Iger veio ao Brasil – mas voltou para os EUA sem uma resposta definitiva.
Agora, parece que o impasse será positivamente resolvido em breve, com fontes do Deadline afirmando que a Disney “aceitou as concessões pedidas pelo CADE“, mas sem especificar se a empresa decidiu unir os canais esportivos em uma única emissora ou então vendê-las para outras companhias. Segundo a Bloomberg, a situação deve ser resolvida da mesma forma que no México, onde a Disney optou pela venda dos canais.
Enquanto nenhuma data foi divulgada, o Valor anteriormente afirmou que o prazo para o parecer final está marcado para 17 de março.
No fim de 2017 a The Walt Disney Company anuncio a compra de algumas divisões da 21st Century Fox. No comunicado oficial, as empresas confirmam que o acordo inclui a Twentieth Century Fox Film, Fox Searchlight Pictures, Fox 2000, os estúdios de TV, junto com os negócios internacionais de TV a cabo. A Disney afirma no texto que a compra possibilitará a criação de mais conteúdos, possivelmente para seu serviço de streaming, que tem lançamento previsto para este ano.
Fonte: Omelete
Segundo o canal de Esportes da Folha de São Paulo
A compra da 21st Century Fox pela Walt Disney foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta quarta-feira (27). Depois de semanas de negociações entre as empresas e o conselho, a Disney aceitou vender a Fox Sports para obter a aprovação do negócio.
O acordo foi acertado nesta quarta-feira (27). Por 4 votos a 2, a proposta da Disney foi aceita pelo Cade.
Se a venda da Fox Sports não sair no prazo, a Disney pagará uma multa milionária e a operação poderá ser revista pelo Cade.
Nos EUA, a operação movimentou US$ 71 bilhões (R$ 263 bilhões) e para ser concretizada depende do aval das agências reguladoras do Brasil e do México, onde haverá concentração no mercado de canais esportivos.
O acordo foi acertado nesta quarta-feira (27). Por 4 votos a 2, a proposta da Disney foi aceita pelo Cade.
Se a venda da Fox Sports não sair no prazo, a Disney pagará uma multa milionária e a operação poderá ser revista pelo Cade.
No Brasil, o Cade entendia que a junção dos dois gigantes americanos de mídia poderia reduzir a oferta de canais esportivos no Brasil, afetando outros mercados, como a compra de direitos de transmissão de eventos esportivos, particularmente no Campeonato Brasileiro de futebol.
Pessoas que participaram das negociações afirmam que a ideia foi garantir a competição. Para isso, a fórmula encontrada foi a venda da Fox Sports num prazo estabelecido, que é mantido sob sigilo.
Para que a fusão seja concretizada, o FOX Sports será vendido de “porteira fechada”. Ou seja, a empresa que comprar o canal levará junto todos os imóveis da emissora, equipamentos, 200 funcionários, contratos com 11 ligas esportivos e o contrato com as operadoras de TV a cabo.
Nesse período, a Disney não poderá competir com a Fox na negociação de direitos de transmissão de eventos esportivos, encerrar contratos, demitir funcionários ou causar qualquer tipo de dano à empresa, uma forma de proteger a Fox Sports de perder valor até que o canal seja vendido.
Procurada, a Fox não quis comentar. Disney e ESPN, canal esportivo pertencente ao grupo, também foram procuradas e disseram que não iriam se pronunciar.
A Fox Sports estreou no Brasil em fevereiro de 2012 em meio a divergências com as principais operadoras de TV por assinatura do país, Net e Sky. Assim, sua primeira transmissão não atingiu nem 10% dos assinantes de TV paga no território nacional.
A chegada do canal incomodou a Globosat, setor de TV por assinatura do Grupo Globo, que havia perdido para o concorrente os direitos de transmissão para o Brasil de torneios da Conmebol, como a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana.
A Globo via o seu domínio no mercado de transmissões de eventos esportivos no Brasil ameaçado por um forte grupo de mídia estrangeiro.
O acerto da Fox Sports com as operadoras de TV por assinatura só chegou a uma conclusão no fim de março de 2012, quando o canal passou a ser disponibilizado nas grades de programação como uma nova opção de canal esportivo em pacotes premium, junto a ESPN e Bandsports.
Em seu primeiro ano com a transmissão exclusiva da Copa Libertadores para a TV paga, a Fox Sports exibiu o primeiro título do Corinthians na competição continental.
A partir de 2013, também passou a transmitir outros torneios, como a Copa do Brasil, e detinha os direitos dos campeonatos Italiano, Inglês e Argentino, além da Nascar. Também exibiu a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
Em 2018, o canal fechou com a Globo parceria para a transmissão da Copa do Mundo da Rússia na TV por assinatura.
Já a ESPN chegou ao Brasil em 1995, substituindo o antigo Canal +, que retransmitia a ESPN americana.
Por quase 20 anos, a ESPN deteve os direitos de transmissão da Champions League para o mercado brasileiro. Esses direitos foram perdidos em 2014 para o Esporte Interativo, do Grupo Turner.
Ao longo de sua história no Brasil, a ESPN também transmitiu Jogos Olímpicos, Copas do Mundo, Eurocopas, Copas Américas e Jogos Pan-Americanos. Atualmente, a emissora detém os direitos de transmissão dos campeonatos Inglês, Alemão, Holandês e Espanhol, entre outros.
Fonte: Folha