Após a prisão de dois suspeitos, um homem de 25 anos e um adolescente de 16, que executaram a médica Paula Santos Andrade, de 33 anos, em Itajubá (MG), novas informações reveladas por um jornal de Mato Grosso do Sul contradizem parte das versões apresentadas à polícia.
De acordo com boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, o adolescente apreendido confessou ter sido contratado para executar a médica e que receberia R$ 20 mil pelo crime. A motivação, segundo ele, teria relação com uma suposta dívida do pai da vítima com criminosos, originada dentro de um presídio em Mato Grosso do Sul.
No entanto, o jornal Campo Grande News trouxe informações que contradiz o depoimento do menor.
Segundo apuração da reportagem, o pai da médica não tem passagens pela polícia e nunca esteve preso em nenhuma unidade penal de Mato Grosso do Sul, como havia sido alegado pelos autores do crime.
Conforme o jornal, o pai da médica é um empresário de 64 anos, residente em Dourados (MS), e sócio da AGM Trade Cereais Ltda, empresa do setor agropecuário com sede em São Gabriel do Oeste e filiais em Dourados e Humaitá (RS). A empresa está em recuperação judicial, acumulando dívidas superiores a R$ 170 milhões, a maioria com produtores rurais. A ação tramita desde março de 2023 na Vara de Falências e Recuperações de Campo Grande.
Ainda de acordo com boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, o homem de 25 anos disse que em 2022, ele teria ficado preso com o com o pai da vítima, conhecido como “Alemão”, e juntos teriam elaborado um golpe para vender um trator de forma fraudulenta por R$ 700 mil em um canal de vendas na internet. Que o negócio foi feito por R$ 300 mil e o valor teria sido depositado na conta da médica com o conhecimento dela, que receberia uma porcentagem da venda, mas que ela não teria repassado a parte dos golpistas, ficando com o total do valor, contrariando o suposto acordo.
A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando todas as linhas possíveis e não descarta nenhuma hipótese até o momento.

Reprodução: Redes Sociais
Fonte: PM / Campo Grande News / G1
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